EPIGENÉTICA - "VOCÊ NÃO É SÓ VOCÊ"
(DNA DE VÁRIOS HUMANOS DENTRO DE VOCÊ)
É um fato bem estudado que não estamos sozinhos dentro de nossos corpos.
Abrigamos, por exemplo, milhões de bactérias em nosso organismo que
influenciam em diversas coisas, por exemplo, no nosso apetite.
No entanto, os cientistas estão começando a entender que podemos ter também, dentro de nós, DNA de outros humanos.
Não é ficção científica, nem filme de terror. De acordo com Peter
Kramer, da Universidade de Pádua, na Itália, “diferentes indivíduos
dentro de nós lutam por controle”. Isso significa que esse DNA estranho
dentro de nós pode mudar nosso comportamento.
Kramer e sua colega Paola Bressan publicaram recentemente um artigo na
revista Perspectives in Psychological Science sobre esse estranho
fenômeno, chamado de microquimerismo (lembra da quimera, uma criatura
mista que possui DNA de dois animais diferentes?).
A ideia do texto é pedir que psicólogos e psiquiatras prestem mais
atenção nas formas com que isso pode influenciar a nossa conduta.
Mas, questiona você, de
onde vem esse DNA que “absorvemos”? Talvez de um gêmeo com quem você
tenha compartilhado o útero, de um irmão mais velho que veio antes de
você nesse útero, de sua mãe, ou, se você for mulher, de um filho.
Por exemplo, um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriu que 63% das mulheres que tinham tido filhos abrigavam células masculinas em seus cérebros.
Foi descoberto também que este DNA estranho pode potencialmente
influenciar qual mão é sua dominante, ou a propensão a desenvolver a
doença de Alzheimer, por exemplo..
Muitos mistérios permanecem
Em uma pesquisa com mulheres dinamarquesas que tinham estado grávidas,
epidemiologistas determinaram que os cromossomos Y “sobrados” no seu
organismo melhoraram a saúde geral das participantes.
O que é mais estranho, no entanto, é que o microquimerismo de células
masculinas em mulheres ocorreu mesmo quando elas nunca tinham dado à luz
a um filho do sexo masculino – o DNA foi possivelmente transferido por
um irmão mais velho ou até mesmo através do sexo com um homem.
Tudo isso nos mostra que o corpo humano está longe de ser fixado ao nascimento, e que se transforma com o tempo.
Por enquanto, só estamos começando a compreender a extensão com que “incorporamos” DNA estranho, e como isso nos afeta.
(Fonte: Blog Terapeuta Quântico Miguel Galli )
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